No mês de março, tivemos a Semana da Mulher da PUCPR que contou com várias palestras e rodas de conversa em sua programação.
A quarta edição do evento teve como tema mulheres inspiradoras em várias áreas de atuação, como a representante da Escola Politécnica, Enedina Alves Marques que entrou para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no estado do Paraná (em 1945) e a primeira engenheira negra do Brasil.
Escola Politécnica no evento
A Escola Politécnica esteve presente na forma de palestras sobre gestão e liderança de equipes, independência financeira e gestão de projetos, que contou com aproximadamente sessenta participantes.
Camila Fukuda, professora de engenharia e mediadora das palestras acima citadas, fala um pouquinho da sua percepção sobre o evento: “Essas ações são muito importantes! Ao final de todas palestras as estudantes elogiaram bastante. Uma em especial chamou a atenção, pois após a palestra de planejamento financeiro, se emocionou e agradeceu muito, porque ninguém nunca havia falado sobre o assunto com ela.”
Iniciativas de mulheres nas áreas de ciência e tecnologia
As áreas de ciência e tecnologia, que até pouco tempo atrás, eram quase exclusivamente ocupadas por homens, hoje têm uma certa presença feminina e isso se reflete também na Escola Politécnica da PUCPR – Câmpus Curitiba, onde 20% dos estudantes dos cursos de computação e engenharia, são mulheres.
Com a intenção de aumentar esse número, é que o Projeto Poliwomen foi criado por professoras da Escola Politécnica. Além de atrair mais mulheres para os cursos citados, outro objetivo do projeto é acolhê-las para que elas se sintam bem na universidade e acreditem que podem realizar seus sonhos.
Algumas ações são desenvolvidas por esse grupo, como o amadrinhamento de calouras pelas veteranas, sendo apoio nas dificuldades; curso de liderança feminina e palestras e mini cursos com temas variados de acordo com interesse das alunas.
A professora e pró-reitora da PUC, Andreia Malucelli, diz que “precisamos de maior diversidade nas nossas profissões [de tecnologia]. As equipes compostas por mulheres e homens são mais criativas, inovadoras, trazem melhores resultados na prestação de serviços e de produtos, inclusive nos resultados financeiros. Ainda existe preconceito de homens e também de mulheres, em terem líderes mulheres, ouvirem as mulheres, respeitarem o que elas falam.”
Essa atitude de igualdade não deve se restringir aos ambientes acadêmicos e profissionais. É necessário ensinar meninos e meninas, desde pequenos, que eles têm as mesmas condições, deveres e direitos.
As mulheres devem e podem estar onde elas quiserem. Os exemplos de professoras e outras cientistas, reforçam isso continuamente na mente das alunas e dão disposição para continuarem na batalha.
“Não é só a mulher se colocar no mercado de trabalho, mas os homens que trabalham com ela, também precisam criar um ambiente em que ela possa fazer bem o trabalho dela, sem ter que ficar se provando”, comenta Beatriz Zardo, estudante de ciências da computação.