Escola Politécnica

Engenharia Biomédica

Engenharia Biomédica e Biomedicina: qual é a diferença?

Apesar de terem nomes parecidos e serem de campos relacionados, estes cursos são distintos.

A Biomedicina estuda os processos biológicos e fisiológicos relacionados à saúde e à doença humana. Um biomédico atua em análises clínicas, no desenvolvimento de vacinas e medicamentos, entre outros.

Já a Engenharia Biomédica é a aplicação de conceitos e técnicas de engenharia, usadas para criar soluções para a área médica, como o desenvolvimento de próteses e órteses para reabilitação, equipamentos de processamento de imagens e muito mais que mostraremos abaixo. 

alunos explorando o funcionamento de prótese durante uma aula de engenharia biomédica

O curso de Engenharia Biomédica é relativamente novo (criado no Brasil em 2001) e, até então, quem atuava nesta área eram engenheiros mecânicos, eletricistas, de computação.

Apesar de serem profissionais de engenharia e terem conhecimentos comuns, existiam limitações; os profissionais buscavam especializações, mas sempre havia uma lacuna.

Diante dessa necessidade, surgiu a engenharia biomédica que reúne conhecimentos interdisciplinares e ainda foca nas particularidades da área médica.

O que faz uma pessoa formada em Engenharia Biomédica?

O engenheiro biomédico pode atuar em hospitais, clínicas médicas, odontológicas e de outras áreas da saúde para garantir o bom funcionamento dos equipamentos, ou seja, verificar se estão precisando de manutenção, revisão periódica, cuidar da instalação elétrica e da adequação das salas onde vão ficar, por exemplo.

Outra linha de atuação é o desenvolvimento de tecnologias usadas para diagnóstico através de equipamentos de imagens, monitoramento por aparelhos que medem sinais vitais de pacientes em UTI e as de terapia para injetar soro ou medicamento em pessoas internadas ou como aqueles que os fisioterapeutas usam para aliviar a dor com “choquinhos”. 

Além disso, pode atuar em uma frente muito importante, que é a de tecnologias assistivas e de reabilitação, que projetam cadeiras de rodas motorizadas, próteses para pessoas que sofreram amputações, etc. 

Como é o mercado de trabalho de Engenharia Biomédica?

É bastante aquecido! Basicamente a demanda é maior que a oferta, ou seja, não há quantidade suficiente de pessoas formadas para suprir a carência do mercado. Sendo assim, existem muitas oportunidades para esta que é reconhecida como uma das “profissões do futuro”, como: 

  • – Em indústrias, desenvolvendo projeto de instrumentos biomédicos, testes de desempenho de novos produtos e suporte técnico; 
  • – Nos hospitais, atuando na supervisão de testes, calibração e desempenho, manutenções previstas, preventivas e corretivas de equipamentos; 
  • – Nas universidades, no ensino e na pesquisa;  
  • – Em instituições governamentais, na criação ou gestão de tecnologias, normas técnicas e de segurança de equipamentos e dispositivos médico-hospitalares; 
  • – Nos institutos de pesquisa, atuando na supervisão de laboratórios e equipamentos e, participação em pesquisas interdisciplinares; 
  • – Em empresas de assessoria, no projeto de sistemas e marketing; 
  • – Em empresas de informática médica, projetando sistemas e softwares de aplicação médica; 
  • – Em prestadoras de serviços e representação de equipamentos, realizando assistência técnica e vendas.

Quanto ao salário de um engenheiro biomédico no Brasil, pode variar de acordo com o nível de experiência, região geográfica, setor de atuação e porte da empresa. O mínimo definido por lei, para uma jornada de 8 horas é de 8,5 salários mínimos. Para cargos de alta gestão, podem chegar a 45 mil reais. Além dessas estimativas, é importante considerar outros aspectos, como benefícios e oportunidades de crescimento na carreira. 

Por que estudar na PUCPR?

A PUCPR é a primeira a oferecer o curso presencial de Engenharia Biomédica no Paraná (2018) e desde então vem se atualizando. Possui laboratório com equipamentos de última geração como impressora 3D, pulmão mecânico, scanner 3D profissional e vários outros específicos para testes e verificação de equipamentos médicos.

Além disso, os estudantes têm acesso ao Centro de Simulação Clínica da PUCPR, onde podem vivenciar um ambiente hospitalar real, com manequins, instrumentos eletromédicos e salas cirúrgicas.

Temos parcerias com ótimas empresas que veem nosso curso como referencial e buscam indicações de estudantes para integrar seu quadro de colaboradores. “Como o mercado é bastante aquecido, tem alunos do 1º período que já fazem estágio”, comenta a Professora Viviana Zurro.

O curso tem estágio obrigatório, mas tem vagas garantidas voltadas à Engenharia Clínica nos hospitais Cajuru, São Marcelino Champagnat ou Erasto Gaertner, que são referências nacionais.

Isso possibilita a troca entre a teoria (aula) e a prática (alunos que estagiam na área), em que os professores podem tirar dúvidas e orientar os estudantes de forma rápida, gerando também, um enriquecimento para os colegas em sala, que podem ter exemplos reais e atualizados.

Como saber se este curso é para mim?

Em época de vestibular é comum vermos as pessoas em dúvida entre humanas e exatas, pensando que são opostas e que não é possível escolher as duas ou o “meio do caminho”.

Existe um perfil de pessoa que gosta de exatas, mas também tem afinidade com a área da saúde e quer retribuir algo para a sociedade.

Quando falamos da área da saúde pensamos no cuidado, no contato em si, mas por trás existem os equipamentos que auxiliam em tratamentos, diagnósticos, prevenções, que precisam de manutenção, de alguém que saiba como funcionam e que treine quem os utiliza. É aí que entra a Engenharia Biomédica: ela alia engenharia, tecnologia e saúde.

O curso também desperta o interesse de pessoas já formadas na área médica, que veem a possibilidade de se apropriar do viés tecnológico e aumentar seus horizontes para o futuro, assim como profissionais formados em outras engenharias.

“É um curso muito interessante porque tem espaço para pessoas com curiosidade científica e para aqueles que tem vontade de empreender para suprir necessidades do Brasil e do mundo nessa área – que são muitas”, comenta a professora do curso, Elisangela Ferretti Manffra.

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