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Vida na Universidade

Explorando o mundo com um intercâmbio no curso de Letras

A internacionalização é um dos grandes fortes da PUCPR, sendo uma possibilidade em todas as Escolas. No conteúdo de hoje, vamos mostrar as experiências de Ana, Dayana, Julia, Eloise, Mahara e Paulo Antônio, estudantes do Curso de Letras | Português-Inglês da PUCPR. Os seis estudantes fizeram intercâmbio nos mais diversos países entre as universidades conveniadas com a PUCPR.

Esses estudantes cursaram disciplinas em seu intercâmbio no curso de Letras que foram reaproveitadas quando voltaram à PUCPR, ou seja, terão a possibilidade de se formar com seus colegas de turma normalmente. Entre as disciplinas cursadas por eles, estão: The Modernist Aesthetic in The Fiction of Katherine Mansfield, D.H. Lawrence and Virginia Woolf, Digital Cultures and Capabilities, Comunicação Intercultural, Professional Editing & Publishing.

Como estudantes de Letras, o mundo dos livros sempre acaba presente na realidade.  Foi isso o que ocorreu com a Dayana Ligeski em seu intercâmbio para a Coreia do Sul, na Catholic University of Korea. Dayana se imaginava caminhando por ruas vibrantes de cidades que mesclam o antigo e o moderno de maneira única, onde templos milenares dividem espaço com arranha-céus futuristas.

“Busquei em livros aquilo que sempre quis viver, até esse sonho se
tornar realidade através do meu intercâmbio na Ásia”.

Onde morar durante o intercâmbio?

Sobre a moradia, sabemos que há a possibilidade, em algumas universidades, de optar pelos dormitórios e em outras o estudante seleciona outro local para morar. Julia Saito, em Sydney, Austrália, ficou em uma acomodação estudantil. Para ela, foi uma das melhores escolhas que fez, pois semanalmente havia eventos para socializar com os outros moradores, o que permitiu que ela conhecesse pessoas de diferentes culturas.

Mahara, na Carolina do Norte, EUA, também teve a opção dos dormitórios, o que para ela, trouxe uma certa comodidade, já que não há muita preocupação sobre estadia, alimentação, locomoção até a Universidade e segurança.

Já Ana Gabriela na Itália, demorou um pouco mais para fixar o seu lugar, já que Roma é turística e a sua Universidade não possuía dormitórios. Assim, a estudante ficou em air bnbs por um tempo e morou em “todos os cantos de Roma. Isso foi ruim enquanto durou, mas pelo menos, me fez conhecer a cidade inteira, e hoje posso dizer que conheço a capital italiana melhor do que minha cidade natal. Finalmente, achei um lugar para morar, e pude desfrutar da minha rotina”. O estudante intercambista, assim como a Ana Gabriela, precisa ter adaptabilidade e visão positiva acima de tudo!

É fácil fazer amizades?

Quando vamos para lugares novos, ficamos na dúvida se faremos amigos e se essa experiência será boa. Sobre isso, Dayana Ligeski relata como foi a sua experiência com outros colegas: “A convivência com outros intercambistas também foi de grande valor para mim. Sinto que fiz amigos para a vida toda que agora estão em diferentes lugares no mundo. Junto a eles, cada dia na Coreia do Sul foi uma nova aventura, seja explorando mercados locais, saboreando pratos exóticos ou participando de festivais tradicionais. Essas vivências enriqueceram meu entendimento do mundo e promoveram um respeito mais profundo pelas diversas formas de viver e pensar”.

Mahara Beatricce Aparecida Camargo, que estudou na Western Carolina University, acredita que ter amigos é uma grande ajuda para a adaptação, “A minha colega de quarto sempre conversava comigo e me explicava mais sobre o país, sua cultura e como as pessoas eram, o que foi muito esclarecedor e me ajudou imensamente. Já os amigos intercambistas que conheci lá me ajudavam a não me sentir sozinha nessa estranheza e, assim, conseguimos aprender juntos a viver num país estrangeiro”.  

É normal ter perrengue?

É claro que assim como toda mudança na vida, há os momentos bons e os imprevistos. Eloise Santos, que viajou para o Instituto Superior de Administração e Gestão, em Portugal, menciona: “Os perrengues fazem parte da vida do brasileiro e da minha vida principalmente, então com certeza tive muitos. Comprar bilhete de transporte errado, pegar trem no sentido contrário e quase parar na Espanha, se perder nas ruas etc. Uma dica é: SEMPRE ANDEM COM GPS. É muito fácil se perder em Portugal, pois as ruas são muito parecidas”.

A adaptação tem seus pontos positivos e negativos também. Julia Saito, em sua viagem para a Australian Catholic University, relata: “No início, foi difícil estabelecer uma rotina de estudos, pois, diferente do Brasil, eles prezam muito mais o estudo independente, sendo você responsável por estar com o conteúdo das gravações em dia para aplicar os conhecimentos nas aulas presenciais. Felizmente consegui me adaptar e aproveitei bem as aulas”.

Ana Gabriela Batista de Souza, que frequentou a Sapienza Università di Roma, não sabia o que esperar do intercâmbio, então relata: “Fui com a mente aberta e preparada para o que viesse, pois só se pode prever o que vai acontecer até certo ponto. A experiência do meu intercâmbio foi inesperada e vivenciei muitas coisas que não conseguia nem imaginar. Conheci pessoas do mundo inteiro, escutei línguas totalmente desconhecidas para mim, provei comidas diferentes e vi monumentos históricos que sonhei a vida toda em ver. Fui esperando melhorar o meu italiano e acabei aprendendo espanhol e até um pouco de indonésio”.

Dicas de quem já fez intercâmbio

Eloise: “Preparem-se psicologicamente, pois, apesar de serem apenas seis meses, vocês vão sentir falta dos amigos, da família e da comida. Além disso, preparem-se financeiramente. Não venham com dinheiro contado. Sei que é complicado, mas planejem-se com antecedência, pois imprevistos acontecem.”

Mahara: “Acredito que a dica que eu poderia dar para qualquer um que queira fazer intercâmbio parte da minha melhor experiência enquanto estive lá: isso não foi apenas um intercâmbio acadêmico, mas um intercâmbio cultural. Conheci tantas pessoas de tantas culturas diferentes e aprendi tantas coisas que jamais esquecerei. Quando fui para lá, achei que estava apenas realizando um sonho que tinha de estudar fora, mas foi muito mais que isso. Foi uma experiência transformadora, repleta de momentos compartilhados com pessoas fantásticas e de aprendizados únicos.”  

Paulo: “Aos que vierem no primeiro semestre, aconselho que se agasalhem e tenham consciência de que a adaptação vem gradualmente, que por trás de todo perrengue há uma oportunidade de crescimento. Aqui vai outra dica importante: estudantes neuro divergentes devem verificar se a medicação utilizada no Brasil é permitida no país de destino. E, novamente reitero, busquem fazer amigos desde o primeiro dia, pois é o calor das amizades que mais ajuda a suportar a severidade do clima.”

Julia: “Uma dica é não ter medo de interagir com outros intercambistas. Sempre que possível, compareça aos eventos da universidade. Além disso, tive que comprar diversas coisas para o meu apartamento, como lixeira para o banheiro, escorredor de louça, entre outros, e eu não sabia o que fazer com esses itens. Uma opção que encontrei foi doar ou vender para outros estudantes, mas se a acomodação permitir, aconselho deixar para o próximo morador.”

Para todos eles, a experiência de um intercâmbio foi algo extraordinário. Sobre isso, Paulo alegou que passar um semestre fora significou um crescimento intenso em um curto período, um amadurecimento especial que só se alcança se lançando ao mundo sozinho. Mas, ironicamente, o maior presente que trouxe com ele foi um novo olhar sobre o seu país. A revelação de que, realmente, não há nenhum lugar como o Brasil.

Dayana relata que só se lembra de momentos bons, “de cantar com minhas amigas em karaokês, comer churrasco, estudar em cafés durante o inverno, fazer reuniões no Han River durante o verão. As festas intermináveis, os livros incríveis e as amizades que carrego em meu coração. Hoje, quando olho para trás, só penso em quão corajosa eu fui. Escolher fazer um intercâmbio é um passo corajoso e transformador. É um convite para sair da zona de conforto e abraçar o desconhecido com entusiasmo e curiosidade. As memórias, amizades e conhecimentos adquiridos durante essa jornada serão tesouros que levarei para toda a vida”.

Mahara finalizou a nossa conversa mencionando: “O intercâmbio ofertado pela PUCPR com certeza é uma oportunidade que todos os estudantes deveriam tentar em algum momento, porque tudo o que conheci, vivi e aprendi enquanto estava nos Estados Unidos me transformou completamente. Nunca esquecerei desse período da vida e, sinceramente, eu não sei quem eu seria hoje sem a vivência que tive lá”.

Tem interesse em experiências internacionais ou pelos depoimentos de estudantes? O blog da Escola de Educação e Humanidades reúne diversos conteúdos sobre isso.

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