Entenda o significado da sigla ESG e sua importância no mundo dos negócios e no mundo como um todo
As três letras que formam uma das siglas mais presentes no mundo dos negócios nesta década provêm das palavras em inglês: Environmental, Social e Governance. Ou seja, a tão comentada expressão ESG. Que, em português, tem como sua equivalente a ASG, de Ambiental, Social e Governança.
Por isso, dizer que uma empresa é bem conceituada em ESG quer dizer que apresenta evidências de credibilidade, boa reputação, solidez, custos mais baixos e, provavelmente, tende a ser mais resiliente frente a eventuais incertezas e mudanças de cenário. Em outras palavras, uma empresa vista com bons olhos em meio às concorrentes, principalmente diante de investidores. Tanto no mercado interno quanto no externo.
O E que significa Meio Ambiente
Em resumo, o pilar do E refere-se às questões de manejo e descarte de resíduos, minimização de poluentes, eficiência energética, prevenção do aquecimento global, entre outros cuidados com o ambiente onde a empresa está e seus arredores.
Aliás, até mais longe, levando em consideração também a maneira pela qual eventuais fornecedores e parceiros da organização agem nesse quesito.
S de Social
Sem dúvida, o pilar Social é o que está mais ligado ao aspecto humano. Que engloba a saúde e o bem-estar dos consumidores, colaboradores e demais públicos com os quais a empresa venha a ter contato. Seja diretamente ou indiretamente, pelo impacto dos serviços ou produtos produzidos.
Assim, o guarda-chuva da letra S abriga questões relativas ao relacionamento com a comunidade, direitos trabalhistas e segurança no exercício da função, diversidade e inclusão, direitos humanos, respeito e proteção de dados.
G de Governança
No pilar da Governança, não podem faltar: ética, integridade, transparência e respeito às legislações vigentes.
Ou seja, governança tem a ver com a conduta corporativa. Com compliance, accountability, as políticas e práticas percebidas no dia a dia.
Critérios que variam de acordo com a área de atuação
“Os critérios ESG podem variar conforme a área de atuação de cada empresa. Por exemplo, uma empresa de segurança da informação não pode ser avaliada com o mesmo critério ambiental que uma empresa produtora de grãos”, explica Fabiana Faraco Cebrian, mestre em Ciências pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), mestranda em Direito Socioambiental e Sustentabilidade pela PUCPR e professora de cursos de pós-graduação e de curta duração.
Embora essa variação desperte críticas, isso não significa que não existam esforços para garantir a consistência, parâmetros de comparação e qualidade das principais métricas de ESG. Principalmente com base nas diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).
Afinal, levar a sério os tópicos relacionados a ESG pode fazer a diferença para muitas empresas que estão no mercado pleiteando investimentos e parcerias. Principalmente para aqueles que acompanham os perfis de comportamento e sabem que, entre as novas gerações (sobretudo entre os millennials), a preocupação com a sustentabilidade e as causas sociais é uma tendência.
Décadas de responsabilidade social
Atualmente, falar de responsabilidade social não é necessariamente uma novidade. Pelo contrário, nos últimos anos vem se cobrando cada vez mais das organizações que não se posicionam diante da realidade ao seu redor. E que não reconhecem seu papel nesse sentido, tanto para sua própria sustentabilidade a longo prazo quanto para o bem do planeta e das pessoas.
O que talvez você ainda não saiba é que, nas décadas de 1970 e 1980, já existia uma sigla de três letras que podemos enxergar como uma das precursoras do que viria a ser o conceito de ESG. Naquela época, a triagem utilizada pelos investidores para excluir aplicações relacionadas a tabaco, armas, jogos de azar, entre outros vícios, era chamada de SRI. Ou seja: um Investimento Socialmente Responsável (Socially Responsible Investing).
Hoje em dia, quando falamos de ESG, certamente há uma visão mais ampla envolvida, tendo em vista o amadurecimento do conceito desde que começou a ser empregado no final dos anos 1990 e anos 2000. O que pode nos levar, inclusive, até outro termo que vem ganhando mais força: investimento de impacto. Isto é, não basta ser lucrativo financeiramente, o mais importante é gerar resultados positivos para a sociedade. E, consequentemente, reafirmar valores.
Uso responsável da informação
Por fim, vale lembrar que quando se fala em sustentabilidade e gestão responsável de recursos, isso inclui informação. Em artigo divulgado pelo Grupo de Estudos de Direito Autoral e Industrial (GEDAI), do qual faz parte como pesquisadora sênior, Fabiana Faraco Cebrian fala sobre produção, coleta e processamento de dados, bem como sua relação com as classificações ambientais, sociais e de governança (ESG). Sobretudo na Sociedade Informacional.
“Por exemplo, no quesito ambiental (Environmental) o armazenamento do mínimo necessário de dados poderá reduzir gastos energéticos, no aspecto social (Social) a qualidade e o adequado balanceamento de bases de dados poderão reduzir decisões tendenciosas e a governança de dados (Governance) poderá ampliar o uso ético de dados”, destaca.
Curso de verão sobre ESG
Com a finalidade de explicar os três pilares que compõem a sigla ESG, sobretudo de que maneira essa realidade atualmente faz parte do mundo corporativo, a Escola de Direito do Câmpus Curitiba da PUCPR está com inscrições abertas para um curso de curta duração justamente sobre este assunto. Uma formação que pode te ajudar a alavancar sua carreira em 2023. E, de quebra, contribuir para a atuação cada vez mais responsável e solidária das empresas.
Além da teoria, durante as 9h de carga horária, serão apresentados estudos de caso e exercícios para um melhor aproveitamento do tema. Tudo isso de maneira online, ao vivo. A saber, os encontros serão nos dias 06, 08 e 10 de março de 2023, das 19h às 22h.
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Além disso, para quem quer dar um passo adiante nessa temática, também é possível fazer inscrição para o curso ESG e Direitos Humanos, com 6h de duração.