A Gestão Comercial está passando por alterações impulsionadas pela tecnologia e pela mudança nas expectativas dos consumidores. Ao mesmo tempo em que o comércio digital ganha cada vez mais espaço, também vemos movimentos que demandam pela volta do contato físico com os produtos antes da compra e, até lojas que nasceram digitais, passam a ter espaços físicos que aproximam o cliente e criam engajamento.
A personalização do atendimento/produto/serviço se tornou uma pedra angular, com empresas usando dados para entender melhor as necessidades individuais dos clientes e oferecer soluções sob medida.
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Mas para se ter uma experiência personalizada é preciso pensar na ideia da diversidade e inclusão, nesse sentido, as empresas precisam buscar campos de atuação que englobe públicos diferenciados ou, até mesmo, que cultive um público específico como um nicho de mercado.
Além disso, a automação está simplificando processos e permitindo que equipes se concentrem em tarefas de maior valor agregado. A integração de inteligência artificial e análise preditiva está ajudando na previsão de tendências e no planejamento estratégico.
A sustentabilidade também está emergindo como uma prioridade, com consumidores cada vez mais conscientes buscando marcas que demonstrem responsabilidade ambiental e social. Conhecer a sigla ESG (em inglês: Environmental, Social and Governance que quer dizer Governança ambiental, social e corporativa) é uma das lições de casa de qualquer pessoa que atua na área de negócios e está se tornando quase um mantra entre as empresas. O termo ganhou fama nos anos dois mil e hoje faz parte do vocabulário da área e é uma prerrogativa de empresas de capital aberto.
Um outro campo de trabalho, que ganhou uma nova roupagem na era tecnológica, são as consultorias. Prestar serviços a uma outra empresa de forma on-line se tornou uma oportunidade de atuação: trabalhar desde uma consultoria mais ampla que envolve a gestão comercial da empresa como um todo ou atuar pontualmente em temáticas muito específicas conforme a expertise do consultor.
O Marketing de influência, um ramo do marketing digital que também é um campo em ascensão, é outra tendência que precisa ser considerada. As redes sociais são um campo de visibilidade exponencial e parcerias com influenciadores digitais pode aperfeiçoar o alcance de determinados públicos e promover a visibilidade da marca.
E por falar no campo digital, a economia de plataforma é também um exemplo do quanto a visibilidade on-line é um elemento central de qualquer negócio que queira promover o comércio eletrônico. Nesse sentido, as plataformas servem para que as vendas possam chegar a um público mais amplo, mediando a venda do produto ou serviço oferecido.
A gestão comercial do futuro está centrada na compreensão profunda dos clientes, na eficiência operacional impulsionada pela tecnologia e no compromisso com a responsabilidade corporativa. Clientes cada vez mais exigentes e alta concorrência criam um mercado onde o engajamento e fidelização ganham destaque e as temáticas aqui retratadas vão fazer parte do campo de atuação do gestor comercial.
Emilia Ferreira é professora-tutora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e membro do NDE do curso tecnólogo em Gestão Comercial da Escola de Negócios.
Weber Radael é professor-tutor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e membro do NDE do curso tecnólogo em Gestão Comercial da Escola de Negócios.