Mudança é uma palavra simples, mas que é muito importante: seja na vida pessoal ou profissional, ela pode despertar sentimentos de entusiasmo ou medo, esperança ou incerteza. Em um mundo onde as transformações ocorrem em um ritmo acelerado, devido às mídias sociais e tecnologias, a capacidade de escolher mudar se torna um privilégio. Mas será que todos têm a mesma liberdade para decidir seus próprios caminhos?
Muitas vezes, a liberdade de escolha é limitada por fatores externos que fogem do controle individual. Para aqueles que podem escolher mudar, essa opção geralmente está associada a uma série de vantagens, como estabilidade financeira e redes de apoio. Segundo o podcast “Coffee Break”, da PUCPR, muitas pessoas desejam mudar, mas têm medo, seja por falta de condições, seja pelo receio de frustrações e julgamentos.
Além disso, quem possui recursos financeiros favoráveis pode arcar com os custos associados à mudança, como cursos de qualificação, nova residência, viagens ou até mesmo pausas na carreira para buscar outras oportunidades. Fernando Kanarski, profissional de marketing e nômade digital que participou do podcast “Coffee Break”, destaca a importância de ter uma reserva financeira de, no mínimo, seis meses. Ele comenta que muitas pessoas permanecem em empregos que não as fazem felizes por não terem essa flexibilidade financeira, já que no mês seguinte chegam os famosos “boletos”. Essa falta de estabilidade pode ocorrer por diversos motivos, como a desigualdade social. Uma pessoa que trabalha por um salário-mínimo e sustenta uma casa, às vezes, não tem como poupar ou mudar de emprego; mesmo que tenha essa vontade, a falta de dinheiro e conexões pode dificultar essa escolha.
Além da parte financeira, outros fatores como responsabilidades familiares, discriminação e falta de acesso à educação também desempenham papéis cruciais na limitação das opções de mudança.
Reconhecendo e utilizando o privilégio
Reconhecer que a capacidade de escolher mudar é um privilégio é o primeiro passo para criar uma sociedade mais justa e equitativa. Aqueles que possuem esse privilégio devem ser incentivados a usá-lo de maneira consciente, tanto para seu próprio crescimento quanto para ajudar os outros. Isso pode incluir o apoio a políticas públicas que ampliem o acesso à educação e ao emprego ou o engajamento em atividades comunitárias que ofereçam suporte às pessoas menos privilegiadas.
Na PUCPR, existem iniciativas que ajudam as pessoas a superar barreiras e a oferecer a outros a chance de mudar suas vidas, como programas de mentoria, bolsas de estudo, iniciação à pesquisa ou à docência, processos de internacionalização, entre outros. Também há um setor que promove a inclusão e permite a diversidade de origem social. Essas ações não apenas fortalecem a sociedade como um todo, mas também promovem a ideia de que todos devem ter o direito de escolher seu próprio caminho e decidir quando realizar mudanças em suas vidas, independentemente de suas circunstâncias.
Essa temática faz parte do primeiro episódio do “Coffee Break”, podcast de atualidades e comportamento da PUCPR. O bate-papo contou com os convidados Fernando Kanarski, nômade digital que tornou a mudança o seu estilo de vida, e Talita Veloso, professora do curso de Psicologia da PUCPR e psicóloga clínica.
Não deixe de acompanhar esse e os demais episódios dessa temporada que está muito interessante! Tire um tempinho e faça o seu “Coffee Break” com a gente!