No ambiente acadêmico é comum encontrar diferentes gerações convivendo e interagindo. Professores, coordenadores e estudantes vêm de contextos históricos e culturais diversos, o que pode gerar desafios de comunicação e entendimentos diferentes sobre o processo educacional.
De acordo com o Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), em 2021 mais de 500 mil pessoas acima dos 40 anos estão matriculadas na Educação Superior. Segundo a matéria do G1, “O número representa um aumento de 171,1% nos últimos dez anos, entre 2012 e 2021”.
Conseguir conciliar diferentes gerações na mesma sala de aula é um desafio para os profissionais da educação, pois cada uma partilha de elementos sócio-históricos comuns. Por exemplo, a geração Baby Boomer tende a valorizar a estabilidade e a experiência; a Geração X valoriza muito a vida profissional e a vida pessoal, achando um equilibro nesses dois pontos da vida; a Geração Y (ou Millennial) é multitarefa, sendo curiosa, criativa e facilmente adaptável aos ambientes dinâmicos e interativos; e a Geração Z (nascidos após 1997) é mais aberta à inovação e ao uso intensivo da tecnologia. Ou seja, cada uma dessas gerações traz consigo uma bagagem diferente em termos de valores, expectativas e formas de comunicação.
Assim, existem diversas diferenças, que podem resultar em conflitos se não forem adequadamente gerenciadas, por exemplo, o etarismo. Por outro lado, essa diversidade geracional também oferece oportunidades únicas. Cada geração tem algo valioso a contribuir. A experiência e a visão estratégica dos estudantes e professores mais antigos podem complementar a criatividade e o domínio tecnológico dos mais jovens.
Uma maneira simples de lidar com as diferenças entre gerações é usar métodos de ensino que misturam tecnologia com técnicas tradicionais. Isso faz com que todos se sintam valorizados e envolvidos no aprendizado. Além disso, incentivar o diálogo entre estudantes e professores ajuda a criar um ambiente de colaboração, transformando o que poderia ser um conflito em vantagem.
Por que nossa geração é tão diferente da dos nossos pais?
Pensando na importância de entender essas diferenças e como elas podem impactar em nossas vidas, o podcast “Coffee Break”, da PUCPR, trouxe uma conversa voltada para essa temática.
Com a participação de Enzo Baggio, Alumni da PUCPR, seu pai, José Baggio, empresário, e o professor doutor Cauê Krüger, coordenador da pós-graduação em Antropologia Cultural da PUCPR, o bate-papo aborda como as diferenças entre as gerações (tanto familiares quanto profissionais) contribuem para a empresa e os negócios. Além disso, o episódio discute como os fenômenos culturais, políticos e sociais tendem a marcar as gerações que viviam em determinada época, influenciando a forma de pensar e viver dessas pessoas.
Confira o conteúdo do primeiro episódio do “Coffee Break”, no blog da EEH, que fala sobre mudança. São escolhas, desafios ou realidades?