Letras, o Role-play e o CRE

Uma das competências presentes na matriz do Curso de Letras – Português | Inglês propõe que o(a) egresso(a) do curso seja capaz de interagir como ouvinte, leitor e produtor em eventos de letramento das esferas cotidiana, escolar, acadêmica e literária. Nesses contextos, deve conseguir analisar procedimentos linguístico-discursivos e multimodais em diferentes suportes e adequar seu comportamento verbal às dimensões intercultural e paralinguística, com dedicação e autorregulação.

Na disciplina English Language in Multimodal Practices (Global Classes 3), os(as) estudantes de Letras – Português | Inglês tiveram a oportunidade de simular uma entrevista de emprego por meio da técnica do Role-play com o auxílio do Simulador de Entrevistas, do Centro de Realidade Estendida (CRE) da PUCPR. Por ser uma disciplina que adota a abordagem por competências, com metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação que desenvolvem o saber-agir, essa experiência potencializou a aprendizagem ativa. Além disso, reforçou o comprometimento com a formação de cidadãos globais, preparados para as complexas realidades do futuro, considerando as diferentes áreas de atuação em língua inglesa com que os(as) estudantes podem deparar-se após a graduação.

Ainda, a utilização do CRE proporcionou aos(às) estudantes aprendizagens experienciais imersivas, colocando-os como protagonistas de sua jornada. Adicionalmente, os(as) acadêmicos(as) tiveram contato com uma ferramenta avançada de ensino e aprendizagem, aproximando-os das tecnologias de informação e comunicação (TICs) tanto enquanto discentes como na condição de futuros/as professores/as.

Em sua Dissertação de Mestrado (UFPR, 2014), a Professora Doutora Karina Fernandes estudou “A Percepção de Aprendizes Brasileiros de Inglês sobre a Tarefa Role-play como Estratégia de Desenvolvimento da Oralidade“. Nela, constatou que os(as) estudantes participantes de estratégias de role-play perceberam-se mais desenvoltos(as) quanto ao uso da língua inglesa. A mesma percepção foi verificada com os(as) estudantes de Letras – Português | Inglês na atividade realizada:

Para mim, foi bem interessante pensar em como se realizaria uma entrevista na minha área de atuação, ainda mais em língua inglesa. Acho muito positivo, enquanto na faculdade, pensar no mercado de atuação da minha graduação. (Estudante Lucas Kurpiel)

A experiência no Centro de Realidade Estendida foi muito importante para aqueles que nunca tiveram a chance de participar de uma entrevista em Língua Inglesa pudessem experienciar esse momento e, através dessa experiência, compreender pontos que podem ser desenvolvidos, preparando-se, assim, para uma situação real. (Estudante José Roberto)

A experiência foi muito positiva tanto no meu aprendizado quanto no dos estudantes. Foi interessante para conseguir treinar a minha conversação na língua inglesa e, ao mesmo tempo, proporcionar essa experiência para os(as) estudantes. Acredito que a aula tenha sido essencial, pois é fundamental que os(a) estudantes passem pela experiência da entrevista de emprego na língua inglesa, pois permite uma melhor preparação para futuras oportunidades que cada um terá. (Daniele Zeni, Monitora de Língua Inglesa)

Ao longo do semestre, os(as) discentes tiveram a oportunidade de investigar profissões relacionadas à área que estão estudando, elaborar em conjunto possíveis perguntas realizadas em entrevistas de emprego, para então entrevistarem profissionais de diferentes áreas, como tradutores, intérpretes, autores, professores, entre outros. Ainda, com o intuído de entender melhor as atuações em suas áreas, os(as) estudantes entraram em contato com profissionais atuantes e colocaram em prática suas entrevistas. O simulador e a tarefa role-play foram essenciais para que os(as) estudantes pudessem passar pela experiência de uma entrevista, a fim de compreender quais são as competências exigidas atualmente no mercado de trabalho.

Como futuros(as) professores(as), além de vivenciarem as experiências, os(as) estudantes precisam entender o que significa lecionar de modo que contemplem estas competências em suas práticas de ensino. É preciso que observem, analisem e proponham oportunidades para que possibilitem aos(às) próprios(as) estudantes atuem em sociedade de maneira completa, como estão vivendo dentro da multiversidade.