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Por que a nossa geração é tão diferente da dos nossos pais?

Cultura da nostalgia e a conexão entre gerações no consumo cultural

A cada nova geração, surgem transformações culturais, tecnológicas e sociais que moldam comportamentos e estilos de vida. Quando olhamos para a geração atual, especialmente a Geração Z e a Millenials, a diferença em relação à geração dos nossos pais é evidente. Mas o que está por trás dessas mudanças?

Cultura de consumo e nostalgia entre gerações

Um dos fatores mais marcantes que diferenciam as gerações está na maneira como a cultura é consumida. Na década de 1980, por exemplo, a televisão e o rádio eram as principais fontes de entretenimento e informação. Nas gerações anteriores cresceram com clássicos como “Chaves” ou ouvindo discos de vinil em suas vitrolas. Já na atual geração, com a explosão da internet, tem uma relação completamente diferente com a cultura.

Hoje, há um acesso quase ilimitado a músicas, filmes e séries por meio de plataformas de streaming, enquanto nas gerações passadas dependiam de mídias físicas e transmissões ao vivo. Isso influencia profundamente a maneira como interagimos com a cultura e até mesmo a forma como a nostalgia se manifesta.

A cultura da nostalgia

Mesmo com tantas diferenças, algo interessante acontece: a cultura da nostalgia ainda é um elo entre gerações. Muitas vezes, os gostos e preferências são passados de pais para filhos, seja na música, filmes ou até em brinquedos. Isso explica por que muitos Millennials e Gen Z curtem bandas dos anos 70 ou 80, ou porque séries antigas, como “Friends”, fazem tanto sucesso entre jovens que nem sequer eram nascidos quando elas foram lançadas.

A cultura da nostalgia cria uma ponte entre gerações e mantém vivas certas tradições culturais. Além disso, com o acesso digital, é mais fácil revisitar ou até descobrir pela primeira vez obras que marcaram nossos pais e avós.

Diferenças de consumo: do físico ao digital

Outro ponto crucial na diferença entre as gerações está no modo de consumo. Enquanto no passado precisavam de um objeto físico — como um disco, uma fita ou um livro para consumir cultura, hoje o mundo é dominado pelo streaming e pelos e-books. Isso muda radicalmente a relação com os produtos culturais, tornando-os mais acessíveis, mas ao mesmo tempo, menos tangíveis.

No entanto, há uma curiosidade: muitos jovens estão redescobrindo o valor dos formatos físicos. O vinil, por exemplo, está em alta novamente, e o “retrô” se tornou uma tendência. Isso mostra como a nostalgia influencia não só as escolhas culturais, mas também o mercado.

Além de produtos, grandes marcas já perceberam o poder da nostalgia para atrair tanto o público jovem quanto o mais velho. Produtos com designs retrô, relançamento de filmes e séries antigas e até a volta de jogos clássicos fazem parte das estratégias de marketing e comunicação que buscam conectar as gerações.

Diante dessa mudança, os cursos de Design e Publicidade e Propaganda da PUCPR se adaptaram e trouxeram para a sala de aula o estudo dessa forma de consumo. Em Design,  a disciplina de Branding explora e práticas as visões futuras de mercado, analisando como as marcas podem se reinventar a partir de tendências nostálgicas. Já  em Publicidade e Propaganda,  a matriz curricular contempla a disciplina de Observatório de Comportamento e Tendências, onde  esses comportamentos de mercado e o impacto da nostalgia na comunicação entre marcas e consumidores são estudados. Isso reforça a ideia de que, mesmo com tantas mudanças, certos aspectos culturais são capazes de atravessar o tempo e permanecer relevantes.

As diferenças entre nossa geração e a dos nossos pais vão muito além da tecnologia; envolvem também o modo como consumimos cultura e como nos conectamos ao passado. A cultura da nostalgia prova que, apesar de estarmos imersos em um universo digital, ainda carregamos em nós um desejo por elementos que marcaram a vida dos que vieram antes de nós. Com isso, a nostalgia não apenas preserva memórias, mas também molda o presente, criando uma conexão única entre gerações.

Este conteúdo foi produzido em colaboração com o Coffee Break, o podcast da PUCPR. Para saber mais sobre nossos cursos e projetos, acesse nosso site.

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