Ao longo da história, os relacionamentos sempre foram uma parte central e indispensável da humanidade. Somos seres sociais, afinal, e nos relacionamos uns com os outros o tempo todo, em todos os âmbitos possíveis. Mas essas relações não são sempre homogêneas: algumas podem ser construídas de forma saudável e outras podem ser mais difíceis ou conturbadas, impactando negativamente nosso bem-estar mental.
Os relacionamentos afetam de forma muito significativa a nossa saúde, as nossas emoções e os nossos comportamentos, sejam eles amorosos, familiares, de amizade ou profissionais. Neste post, você vai entender alguns desses impactos!
Estresse
As relações interpessoais podem tanto reduzir quanto aumentar o estresse. Quantas vezes você já se pegou sentindo “borboletas” no estômago e uma felicidade contagiante, por exemplo, ao viver um romance? Por outro lado, quantas vezes já sentiu tensão e raiva por interagir ou conviver com uma pessoa com a qual você não se relaciona?
Relacionamentos estáveis e saudáveis podem ser uma fonte de apoio emocional, contribuindo para reduzir os níveis de estresse e melhorar o bem-estar. Ter com quem contar em todos os momentos, especialmente nos mais difíceis ou desafiadores, traz sensações importantes como segurança, cuidado e compreensão. Pesquisas apontam ainda que as relações, principalmente amorosas, são uma das principais causas de felicidade e ainda auxiliam na saúde e qualidade de vida.
Da mesma forma, relacionamentos conturbados podem aumentar os níveis de estresse, causando sentimentos como medo, culpa, tristeza e raiva. A longo prazo, isso contribui para o desenvolvimento de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão.
Autoestima
Cultivar bons relacionamentos também nos ajuda a ter uma relação melhor com nós mesmos. Uma pessoa que se sente amada por seu(a) companheiro(a) e familiares, querida pelos amigos e valorizada pelos colegas de trabalho tende a construir uma imagem melhor de si, mais positiva e menos autocrítica.
No âmbito familiar, por exemplo, pesquisas revelam que o suporte emocional oferecido pelos pais aos filhos faz com que eles se sintam mais competentes e motivados em relação aos estudos. Quando esse suporte vem acompanhado de aprovação, ele contribui positivamente para a autoestima dos adolescentes. Dessa forma, a qualidade nos relacionamentos familiares é benéfica para a percepção desses jovens sobre si.
Desenvolvimento pessoal
As nossas relações podem ser aliadas importantes do nosso crescimento pessoal. Em um ambiente de trabalho saudável, por exemplo, é comum que isso aconteça. Gestores, líderes e colegas nos ajudam a aprender mais sobre nós mesmos e a evoluir por meio de feedbacks e do convívio diário. Além disso, muitas vezes é nesses espaços que adquirimos habilidades fundamentais para a vida toda, como empatia, comunicação e resiliência.
Vale destacar, ainda, que a boa convivência no trabalho pode trazer um senso de propósito e de pertencimento. Colegas e gestores nem sempre se tornam nossos amigos, mas nos auxiliam a enxergar o mundo de outras maneiras e a agir de forma colaborativa. Também fazem com que nos sintamos parte de algo maior, em busca de um objetivo comum.
Como ser melhor nos relacionamentos?
Se as relações interpessoais são tão importantes para a nossa saúde mental, bem-estar e desenvolvimento, como construí-las e cultivá-las de forma saudável? Você já deve ter ouvido essa frase em algum momento da vida: “para se relacionar bem com o outro, você precisa se relacionar bem consigo mesmo”. Bem, esse é o primeiro passo: autoconhecimento.
Conhecer quem somos nos ajuda a entender nossas emoções, pensamentos, limitações, vontades e necessidades. Isso nos permite compreender melhor o outro, seja um(a) parceiro(a), amigo, familiar, colega ou gestor. Da mesma forma, o autoconhecimento é importante para evitar o impulso de culpar sempre a outra pessoa, entendendo que você também tem falhas, traços e comportamentos que precisam ser considerados.
Outro ponto essencial é compreender que bons relacionamentos dão trabalho – no melhor sentido possível. Eles devem ser cultivados, o que envolve dedicar tempo de qualidade à pessoa, estar preparada para ouvi-la, oferecer apoio e ter paciência. Da mesma forma, em alguns momentos é necessário estabelecer limites, dizer “não” e comunicar-se abertamente. Expressar sentimentos, necessidades e desejos de forma clara contribui para o relacionamento ser mutuamente saudável.
A nova temporada do Coffee Break, podcast de atualidades e comportamento da PUCPR, traz mais dicas e reflexões sobre esse tema importante. O último episódio contou com as participações especiais da Monja Coen e da professora Michaella Laurindo, da Pós-Graduação em Psicanálise Clínica – de Freud a Lacan.
Monja Coen destacou que relacionar-se com pessoas é desafiador e falou sobre a importância do autoconhecimento e de aprendermos a trabalhar com as diferenças. Já a professora Michaella reforçou que a terapia é uma aliada para melhorar as relações e comentou a importância da comunicação assertiva.
Assista a esse bate-papo inspirador:
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