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Reflexões

A representatividade no mundo dos heróis

Toda vez que ocorre um lançamento da Marvel Comics o mundo do cinema e do entretenimento vai a loucura. Um dos filmes mais recentes da companhia norte-americana foi “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. O filme mostra como Wakanda reagiu e seguiu com a morte do rei T’Challa, personagem do ator Chadwick Boseman, falecido em 2020 devido ao câncer.

O sucesso dos dois filmes do Pantera Negra, trouxe à tona a pauta da representatividade. Essa é a primeira produção da Marvel na qual o protagonista é um herói negro. Além disso, grande parte dos personagens principais, da produção e o diretor eram negros e negras também.

História e Representatividade

Desde o primeiro filme da franquia, lançado em 2018, é comum relacionar a ficção com a realidade. O professor Sérgio Luis do Nascimento, do curso de Filosofia da PUCPR, comenta que durante todo o filme existem conexões com a cultura, a língua, a vestimenta e os ritos dos povos africanos, representando a estética negra positiva, potente e forte.

Uma das primeiras cenas filme do Pantera Negra 1 aparece a cidade de Oakland (EUA) e, de acordo com a Revista Galileu, a escolha desse local não foi uma coincidência. Essa cidade foi o berço do movimento do “Partido dos Panteras Negras”, que surgiu após vários episódios de violência policial contra a população negra. 

O filme representa toda uma geração de crianças, jovens e adultos que, nem sempre, se viam retratados nas telonas. Um sinal marcante do filme é o símbolo de “Wakanda Forever”, que significa uma saudação e um ação de extremo respeito. Após o filme, pessoas de várias origens, começaram a fazer esse símbolo, mostrando a grande influência do filme.

Além de toda essa representatividade, o segundo filme da saga “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” veio com mais momentos relevantes: o grande protagonismo feminino. Com a morte do T’Challa, sua mãe e sua irmã assumiram cargos importantes para a sociedade de Wakanda.

Em uma entrevista para a Vogue, uma das embaixadoras do filme, Djamila Ribeiro (Academia Paulista de Letras e filósofa) comenta que, o filme “mostra um protagonismo feminino muito interessante. Trazer mulheres carecas, com outros signos de feminino é muito corajoso da Disney. Mas acho que inegavelmente é digno em notar que ter a participação de mulheres negras de pele escura, mulheres pretas à frente como um protagonismo, como poder, mostrando outras possibilidades de existência de imagem é extremamente revolucionada.” Ela também fala que observou várias crianças fazendo festas de aniversário com o tema Pantera Negra e “isso, para mim, foi muito bonito de ver, de acompanhar, de assistir a mobilização que existiu das pessoas.”

É muito importante para o público se ver representados em papéis de grande relevância.

Quer saber mais sobre a representatividade e a importância do filme para a população? Clique no link abaixo e venha se surpreender com a fala do professor Sérgio Nascimento no quadro PUC É POP.

Também confira outra matéria do blog da Escola de Educação e Humanidades que foi inspirado no quadro do PUC É POP. 

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