Como o cenário acadêmico pode ser mais atencioso com a saúde mental? Conheça as iniciativas do PUCPR Acolhe nesse sentido
Setembro é um mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, conhecido como Setembro Amarelo. Esta campanha mundial busca iluminar a importância do cuidado psicológico e oferecer suporte às pessoas que enfrentam desafios emocionais. Mas como as instituições acadêmicas estão contribuindo para esse diálogo essencial?
Neste texto, vamos apresentar como a PUCPR está integrando práticas de apoio à saúde mental em seu cotidiano, promovendo um ambiente mais saudável e acolhedor para estudantes, professores e colaboradores.
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Importância da inclusão na Universidade
Ana Lucia Lacerda Michelotto, coordenadora do PUCPR Acolhe, ressalta que o corpo estudantil da Universidade é diverso em múltiplas dimensões. Físicas, sociais e culturais. Por isso, o tema da inclusão no ambiente acadêmico é tão importante.
“Muitos desses estudantes são os primeiros de suas famílias a ingressar no ensino superior; para outros, a experiência universitária é totalmente distinta do ambiente escolar com o qual estavam familiarizados”, observa. Assim, diante dos possíveis desafios de adaptação ao contexto universitário, o compromisso do PUCPR acolhe é apoiar os estudantes nessa transição.
De acordo com a especialista em psicopedagogia e doutora em educação, essa diversidade de trajetórias inspira o desenvolvimento de estratégias que promovam um sentimento de pertencimento entre os estudantes.
“Nosso objetivo é que a universidade seja um espaço verdadeiramente acolhedor e inclusivo, onde eles não apenas concluam sua formação acadêmica, mas também adquiram um conhecimento que transcenda a dimensão técnica. Queremos que nossos estudantes compreendam que a ‘ciência do cuidado’ pode ser aplicada em todas as áreas da vida”, afirma Ana Lucia.
Como a PUCPR promove a saúde mental
“A campanha Setembro Amarelo – Mês da Saúde Mental da PUCPR é um momento do ano letivo em que promovemos maior visibilidade ao tema. Mas o cuidado e o acolhimento aos estudantes acontecem ao longo de todo o ano”, destaca Ana Lucia Michelotto.
Isso acontece principalmente por meio do PUCPR Acolhe, setor de apoio estudantil que oferece atendimento individual, oficinas, rodas de conversa, entre outras atividades focadas na saúde mental da comunidade acadêmica.
O PUC Acolhe atua primordialmente em quatro eixos, que abrangem diferentes aspectos da vida universitária:
- Aprendizagem e desenvolvimento;
- Garantia de direitos e inclusão social;
- Inclusão e diversidade;
- Saúde integral.
“A saúde mental é um tema transversal a todos esses eixos, que dialogam com os aspectos sociais, culturais e familiares do estudante. Quando um ou mais desses fatores entra em desequilíbrio, isso pode levar ao surgimento de sofrimento psíquico”, revela a coordenadora do setor.
Além disso, a Universidade tem procurado capacitar colaboradores e estudantes sobre o tema da saúde mental. Principalmente no que se refere aos Primeiros Socorros Psicológicos (PPS). Ou seja, sobre o conjunto de cuidados a serem tomados com o objetivo de ajudar pessoas em vulnerabilidade emocional.
Sala de Acolhimento Sensorial da PUCPR
Com o intuito de proporcionar momentos de paz em meio à pressão dos estudos e demandas do dia a dia, o PUCPR Acolhe disponibiliza também uma Sala de Acolhimento Sensorial. Sobretudo para estudantes com neurodivergências que precisam de um ambiente tranquilo e seguro para se autorregularem.
Em síntese, trata-se de um espaço seguro, com luz controlada e barulho reduzido, com recursos que diminuem a exposição a estímulos visuais e auditivos. “A sala proporciona momentos de tranquilidade por ser um espaço aconchegante e seguro, permitindo que o estudante se sinta mais confortável e com autonomia em um espaço adequado”, explica Ana Lucia.
A saber, o espaço fica no segundo andar na Biblioteca Central do Câmpus Curitiba. E pode ser utilizado de segunda à sexta-feira, das 8h às 21h. O estudante que tiver interesse em utilizá-lo deve se identificar na secretaria do PUC Acolhe e solicitar a chave.
Como você também pode fazer parte do movimento do Setembro Amarelo?
Ao refletirmos sobre a importância da saúde mental e as iniciativas da Universidade, é fundamental lembrar que cada um de nós pode fazer a diferença. “Todos podem contribuir para o bem viver daqueles ao seu redor, aconselhando amigos e familiares a buscar ajuda quando necessário. Cada um de nós faz parte de um todo e podemos promover uma ética de cuidado”, enfatiza Ana Lucia.
Em suma, participar ativamente das campanhas de conscientização, oferecer suporte a colegas e buscar ajuda profissional quando sentir necessidade são formas eficazes de contribuir para um ambiente mais saudável e acolhedor.
Não deixe de procurar os recursos disponíveis na sua universidade e nas comunidades ao seu redor, pois o apoio pode estar ao seu alcance. O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, por meio do telefone 188, via chat ou e-mail.
Juntos, podemos fortalecer a mensagem do Setembro Amarelo e garantir que ninguém enfrente suas dificuldades sozinho. Lembre-se: a saúde mental é um bem precioso que merece atenção e cuidado contínuos.
