Internacionalização e divulgação científica podem ser a chave para avanços na pesquisa latino-americana
A pesquisa científica na América Latina é um campo vibrante e multifacetado, repleto de potencial e desafios únicos. Em meio a uma paisagem marcada por avanços notáveis e obstáculos persistentes, os cientistas da região contribuem com o futuro do conhecimento em diversas áreas, desde a biomedicina até as ciências sociais. No entanto, o caminho para o progresso é frequentemente pavimentado com questões complexas como financiamento, infraestrutura e políticas de apoio.
Então, como superar essas barreiras?
Neste texto, vamos abordar a importância da internacionalização de pesquisas e conhecimentos, como uma alternativa para acelerar o desenvolvimento científico da região. Principalmente no segmento do Stricto sensu, que engloba os cursos de mestrados e doutorados.
Cenário da divulgação científica na América Latina
Um estudo publicado na Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Sociedad, em julho de 2024, apresenta uma análise de artigos relacionados à área de divulgação científica, publicados na América Latina entre 1985 e 2020.
Nesse recorte, nota-se que o campo vem crescendo constantemente ao longo do tempo, sobretudo na última década. No entanto, há aspectos a melhorar.
Os autores do levantamento observaram, por exemplo, que ainda existe uma concentração da produção acadêmica sobre divulgação científica em poucos países, sendo o nosso território o principal em termos numéricos. Juntos, Brasil, Argentina, México e Colômbia concentram quase 94% dessa produção. Os pesquisadores notaram, também, uma reduzida colaboração internacional.
Importância da internacionalização de pesquisas
Compartilhar conhecimentos internacionalmente por meio de estudos e artigos científicos é essencial para o avanço global da ciência e da inovação. Este compartilhamento se torna ainda mais crucial quando se trata de pesquisas de mestrado e doutorado, que frequentemente envolvem investigações mais aprofundadas e especializadas.
Ao disseminar os resultados dessas pesquisas para uma audiência global, os pesquisadores não só ampliam o impacto de seu trabalho, mas também contribuem para um campo de conhecimento mais robusto e colaborativo. Esse intercâmbio de informações permite que descobertas em uma região sejam aproveitadas e aprimoradas em outras, promovendo a solução de problemas complexos com perspectivas diversificadas e soluções inovadoras.
Além disso, a divulgação internacional de pesquisas avançadas (seja por meio de livros, artigos e outras publicações, seja com participações em eventos) pode aumentar a visibilidade de cientistas de diferentes partes do mundo. Isso gera oportunidades para colaborações intercontinentais e permite que os avanços científicos não se limitem a um local.
Da PUCPR para o mundo
Com o intuito de contribuir nessa multiplicação de conhecimentos, a PUCPR tem a internacionalização como um de seus pilares. Nos programas de pós-graduação, por exemplo, isso se dá por meio de convênios para intercâmbio em outros países e projetos de pesquisa com colaboração internacional. Já pensou fazer um mestrado ou um doutorado “sanduíche”, aplicando parte da pesquisa no exterior, aprendendo de perto com os principais pesquisadores de sua área?
Além disso, vale mencionar a submissão de artigos e o acesso aos principais periódicos de divulgação científica. Tudo isso para incentivar o contato dos estudantes com a vanguarda da pesquisa mundial, como pesquisadores e protagonistas dos avanços nesse cenário.
Reconhecimento internacional
Para se ter uma ideia do papel da PUCPR como instituição latinoamericana de ponta, pode-se mencionar os sucessivos resultados conquistados no Times Higher Education World University Rankings (THE). A Universidade apresenta crescente desempenho em três dimensões: pesquisa, citações e prestígio internacional.
A PUCPR figurou no THE pela primeira vez na edição 2015-2016 e ficou em primeiro lugar entre as instituições brasileiras na categoria Citações. Desde então, a instituição tem sido avaliada e obtido posições de destaque em todas as edições do ranking.
No THE 2022 – que avaliou mais de 1.600 instituições, de 99 países – a PUCPR obteve a quarta posição entre as instituições privadas brasileiras na classificação geral. Além disso, alcançou a primeira colocação entre as instituições paranaenses nas dimensões Citações e Prestígio Internacional. E a nona colocação na dimensão Citações dentre as 70 instituições brasileiras ranqueadas.
O que conta no ranking
A categoria referente à pesquisa mede a reputação institucional. Bem como a captação de recursos financeiros para a pesquisa e a produtividade, em termos de número de publicações em periódicos qualificados.
A dimensão das citações leva em consideração o número médio de vezes que uma publicação vinculada à universidade é mencionada por acadêmicos em todo o mundo.
Já o tópico de prestígio internacional avalia o percentual de estudantes e de colaboradores internacionais que compõem o quadro da instituição. Além do percentual de publicações qualificadas realizadas por seus pesquisadores em coautoria com pesquisadores estrangeiros.
Atualmente, o Times Higher Education World University Rankings (THE) é considerado o maior e mais diversificado ranking de universidades. Por isso, os resultados obtidos pela PUCPR são expressivos e atestam o compromisso tanto com a produção quanto com a divulgação científica.
Estudantes que vão e vêm
Por fim, é importante ressaltar que além de facilitar a ida de seus estudantes para completar os estudos no exterior, a PUCPR também recebe intercambistas.
Em 2021, a PUCPR foi classificada pela primeira vez no QS World University Rankings. Nesta avaliação, alcançou a primeira posição do Paraná e segunda entre as instituições brasileiras privadas na métrica International Students Ratio. Este índice mede, dentre todos os estudantes da universidade, o percentual de estudantes internacionais que permanecem pelo período mínimo de três meses na instituição.
Sem dúvida, essa conquista demonstra a atratividade e representatividade da PUCPR perante a comunidade internacional. E enriquece cada vez mais a trajetória de quem quer se destacar no caminho da pesquisa.