A orientação vocacional visa auxiliar indivíduos na escolha de uma carreira ou profissão alinhada com seus interesses, habilidades, valores e aptidões. 

Existem mais de 2.500 profissões registradas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), e quanto maior a oferta, maior a dificuldade em escolher algo que vai impactar toda uma vida. Por isso, a orientação vocacional é um processo de autoconhecimento fundamental para entender o melhor caminho para seguir no mercado de trabalho. 

O processo de orientação vocacional pode envolver diferentes métodos e técnicas, como avaliações psicométricas, entrevistas, atividades práticas e pesquisas. É importante ressaltar que a escolha de uma carreira é um processo contínuo, e a orientação vocacional não se limita a um único momento da vida. À medida que os interesses e circunstâncias mudam, a orientação vocacional pode ser revisitada para auxiliar em transições profissionais ao longo da vida. 

Nesse artigo vamos mostrar como a orientação vocacional é uma ferramenta de autoconhecimento para estudantes universitários em busca de respostas. 

Como é feita orientação profissional? 

A orientação vocacional oferece ferramentas para uma escolha informada e equilibrada de uma profissão e possui diferentes etapas, são elas: 

• Autoconhecimento: auxiliando os indivíduos a compreenderem melhor suas características pessoais, incluindo interesses, valores, habilidades, personalidade e metas. 
• Exploração de Oportunidades: apresentando informações sobre diversas áreas profissionais, carreiras e oportunidades educacionais, proporcionando uma compreensão mais ampla das opções disponíveis. 
• Tomada de Decisão Informada: facilitando o processo de tomada de decisão, ajudando os indivíduos a fazerem escolhas profissionais mais alinhadas com seus perfis e objetivos. 
• Planejamento de Carreira: colaborando no desenvolvimento de planos de carreira realistas e alcançáveis, considerando as etapas necessárias para atingir os objetivos profissionais. 
• Desenvolvimento de Habilidades para o Mercado de Trabalho: orientando na identificação e desenvolvimento de habilidades necessárias para o sucesso em determinadas carreiras, incluindo habilidades técnicas e interpessoais. 

Quais perguntas fazer na orientação profissional? 

O processo de orientação vocacional começa com uma entrevista inicial. Nessa fase, o orientador busca conhecer o indivíduo, suas experiências educacionais, interesses, habilidades, valores e metas profissionais, estabelecendo uma base para a orientação. 

Nesse momento, Valesca Walesko, orientadora do American Academy da PUCPR (programa em parceria com Kent State University), indica algumas perguntas importantes a serem feitas para os estudantes: 

• Como você se imagina trabalhando? 
• O que você acha que um profissional dessa área faz? 
• Qual é a sua expectativa de salário? 
• Quanto você vai ganhar no início da sua carreira? 

Além disso, Valesca aconselha os alunos a procurarem referências profissionais das áreas nas quais tem interesse para entender como é o mercado de trabalho e procurar algum tipo de estágio para experimentar o dia a dia nesta profissão. 

Orientação Vocacional no American Academy 

O programa American Academy da PUCPR em parceria com a Kent State University, segue o modelo norte-americano de ensino, permitindo ao estudante explorar diversas áreas do conhecimento, em diversas escolas, antes de escolher sua profissão. Com isso, a orientação vocacional é feita com a orientação educacional, em reuniões periódicas que estimulam o autoconhecimento dos alunos e a ampliação de sua visão de mundo. 

A orientadora, Valesca Walesko estimula os alunos a pesquisarem caminhos seguidos para chegar na sua profissão ideal com base em profissionais nos quais se inspiram. “É uma responsabilidade do estudante procurar e pesquisar áreas nas quais pode e gostaria de atuar. Nós apenas indicamos o caminho e ajudamos com perguntas difíceis”, explica a professora. 

Um estudante que quer trabalhar como Psicólogo Forense, por exemplo, sabe o caminho que tem que seguir para conseguir trabalhar nessa área? Um aluno que quer trabalhar na NASA, já pesquisou sobre isso, sabe os requisitos necessários para ter este emprego, está disposto a enfrentar esses desafios? 

“Além disso, precisamos deixar bem claras as diferenças no mercado de trabalho brasileiro e norte-americano. Um aluno que quer ser contador no Brasil, não deve estudar contabilidade na Kent State University, por exemplo, pois as regras são muito diferentes entre os países”, acrescenta a orientadora. 

Valesca também sugere aos alunos artigos sobre o mercado de trabalho e propõe tarefas para que eles aprofundem seu conhecimento com relação à profissão ou área de estudo escolhida. “Buscamos tirar o estudante da sua zona de conforto, mostrando todas as possibilidades do mercado para que ele faça uma escolha bem informada”, afirma a professora.

Na PUCPR os alunos também podem consultar profissionais especializadas na orientação profissional no PUC Carreiras, setor exclusivo para atender as demandas de estágios, empregos e assuntos relacionados ao mercado de trabalho. Com estudos que permitem ao estudante olhar para o cenário atual e futuro de cada profissão, promovendo importantes diálogos entre a universidade e comunidade sobre os desafios e papel dos profissionais na construção de uma sociedade melhor. 

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O American Academy também oferece o “Finding your purpose week”, que permite a imersão em diferentes profissões com momentos de troca de conhecimento com professores e profissionais de cada área.  

Por fim, mas não menos importante, os estudantes que estão sofrendo com a pressão de escolher uma profissão, podem procurar ajuda psicológica no PUC Acolhe, setor de apoio estudantil dedicado ao acolhimento com propósito de promover aprendizagem, saúde integral, inclusão, garantia de direitos e proteção social.